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Postagens de 05 e 12 abril de 2024
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A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO NO BRASIL
Breve história da vacinação no Brasil:
protegendo vidas há muitos anos
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Você já parou para pensar como a vacinação se tornou parte importante da nossa saúde pública?
Chegada das Vacinas ao Brasil
No século XIX, o Brasil enfrentava surtos de doenças como varíola. Apesar da vacina contra a doença ter chegado no Brasil em 1804, foi apenas em 1904 que a obrigatoriedade da vacinação foi aprovada pelo Congresso.
A Febre Amarela era uma das doenças mais temidas, causando surtos devastadores em diversas regiões do Brasil. Devido à gravidade dos surtos, o governo brasileiro implementou a vacinação obrigatória em 1937, como medida crucial para proteger a população.
Mas antes da vacinação, foi implementado um programa de controle de vetores que reduziu drasticamente a febre amarela em áreas urbanas.Esse controle, associado à vacinação contínua, faz com que não tenhamos surtos de febre amarela urbana desde 1942.
Evolução da Vacinação
Ao longo dos anos, o Brasil expandiu seu programa de vacinação, incluindo vacinas contra diversas outras doenças, como poliomielite, sarampo e rubéola.
E agora, contra a dengue!
Graças às campanhas de vacinação em massa, o Brasil conseguiu erradicar doenças como a varíola em 1971 e a poliomielite em 1994, protegendo milhões de vidas.
E também, graças aos esforços contínuos de vacinação, podemos viver em um país mais saudável e protegido contra doenças evitáveis.
Protegendo-se contra a Dengue:
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Você sabia que a vacinação é uma das melhores formas de nos protegermos contra doenças como a dengue?
Como já sabemos, a dengue é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pode causar sintomas graves, como febre alta, dores no corpo e até complicações sérias.
Felizmente, existe uma vacina disponível para prevenir a dengue. Essa vacina é segura e eficaz, ajudando o nosso sistema imunológico a combater o vírus e reduzindo o risco de desenvolver a doença.
Além de nos proteger individualmente, a vacinação contra a dengue também contribui para a proteção da comunidade, reduzindo a circulação do vírus e ajudando a prevenir surtos da doença.
Lembrando que a vacinação é uma estratégia de prevenção coletiva. O sucesso do programa de imunização depende de que uma determinada porcentagem da população esteja imunizada.
Não deixe de se vacinar e fazer a sua parte na luta contra a dengue!
Principais Referências:
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Vacina Antivariólica: ciência, técnica e o poder dos homens, 1808-1920, de Tania Maria Fernandes;
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Postagens de 03, 10 e 17 maio de 2024
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BIODIVERSIDADE
E OS MOSQUITOS
Parte 1.
Importância da Biodiversidade na Regulação de Populações de Mosquito
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Estamos acostumados a falar sobre mosquito e pensar em Aedes aegypti nas cidades! Mas você sabia que em ambientes naturais tropicais há muito mais espécies de mosquitos do que nas cidades?
Isso ocorre porque as florestas tropicais apresentam uma diversidade de habitats que permitem abrigar espécies de mosquitos com diferentes modos de vida.
Por exemplo:
Porém, viver nas florestas tropicais também é um desafio. Além de sobreviver às condições ambientais, os mosquitos ainda precisam sobreviver à competição com outras espécies, predação, e outras interações ecológicas.
As florestas diversas podem apresentar uma maior diversidade de predadores, ou seja, organismos que controlam o tamanho da população de mosquitos tanto na fase adulta, quanto na fase larval. Como aranhas, pássaros, larvas de libélulas, anfíbios e peixes. Mudanças da paisagem natural por atividades humanas podem não apenas aumentar a população de mosquitos vetores de doenças, mas também interferir na biodiversidade, afetando a competição e a população de predadores.
Por isso, a manutenção da biodiversidade é central para o controle das populações de mosquitos
Parte 2.
A Urbanização e os Mosquitos Vetores
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O Brasil enfrenta um sério problema de saúde pública devido ao aumento dos casos de dengue que, só em 2024, chegaram a 217 mil casos confirmados. O aumento da urbanização cria condições favoráveis para a reprodução dos mosquitos vetores de doenças, tais como Culex quinquefasciatus e Aedes aegypti. Um texto publicado em nosso portal mostrou a relação entre urbanização e incidência de dengue em três cidades brasileiras.
O estudo mostrou que as cidades de Campo Grande–MS, Maringá–PR e Ribeirão Preto–SP, apesar de apresentarem alto índice de desenvolvimento humano, ainda enfrentam sérios surtos de dengue devido a fatores como temperaturas elevadas, chuvas intensas e condições socioeconômicas desiguais.
Além desses fatores, o estilo de vida dos habitantes também pode favorecer a ocorrência de surtos de dengue. Comportamentos como o descarte de lixo e entulho em quintais e terrenos baldios ou má manutenção de piscinas, calhas e caixas d’agua, favorecem o aumento de criadouros de mosquitos. Portanto, enfatizamos que o problema da dengue é de todos nós, principalmente de quem vive em zonas urbanas, onde os surtos são mais frequentes.
Parte 3.
Áreas rurais - Quais os desafios contra os mosquitos vetores?
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Apesar da dengue ser mais comum em áreas urbanas, hoje ela também ameaça as áreas rurais. Essas áreas, podem apresentar maior diversidade de predadores naturais, porém a falta de saneamento básico e a ocorrência de práticas inadequadas podem favorecer a proliferação do mosquito e a propagação dos vírus da dengue.
QUAIS PRÁTICAS INADEQUADAS?
Deixar cisternas, poços e tambores a céu aberto sem os cuidados necessários, bebedouros de animais abandonados e sem manutenção, resto de materiais e embalagens descartadas irregularmente, entre outras.
Na natureza, os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver cerca de 450 dias fora d’água. Portanto, identificar possíveis criadouros nas áreas rurais é essencial para evitar a proliferação dos mosquitos.
LEMBRANDO que a dengue só é transmitida se o mosquito Aedes estiver contaminado com o vírus. Portanto, mesmo que nas áreas rurais a transmissão da dengue seja menos frequente, pela menor densidade de pessoas, e menor número de pessoas contaminadas, basta que haja uma pessoa contaminada e a presença dos mosquitos para que se inicie um novo processo de transmissão.
Por isso, além das proteções individuais, como uso de repelente e instalação de telas em janelas, trouxemos algumas recomendações, da Embrapa para evitar a proliferação do Aedes aegypti e demais mosquitos nas áreas rurais:
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Inspecionar semanalmente a propriedade rural e identificar locais de risco para proliferação do mosquito;
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Se houver plantas ornamentais (ex: bromélias) que acumulam água, inspecionar e aplicar larvicida se houver água parada.
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Descartar as embalagens de insumos em locais apropriados, cobertos e secos;
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Checar se cisternas, poços ou tambores para água estão tampados;
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Verificar calhas e telhados;
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Tampar cavidades em cercas e outros objetos;
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Checar bebedouros de animais regularmente e trocar a água.
Lembre-se, a dengue pode estar em qualquer lugar, seja na cidade ou no campo.
Principais Referências:
Ferraguti, M.; Martínez-de la Puente, J.; Roiz, D. et al. 2016. Effects of landscape anthropization on mosquito community composition and abundance. Scientific Reports, 6, 29002. https://doi.org/10.1038/srep29002
CHAVES, Luis F. et al. Climatic variability and landscape heterogeneity impact urban mosquito diversity and vector abundance and infection. Ecosphere, v. 2, n. 6, p. 1-21, 2011.
MEDEIROS-SOUSA, Antônio Ralph et al. Mosquitoes in urban green spaces: using an island biogeographic approach to identify drivers of species richness and composition. Scientific reports, v. 7, n. 1, p. 17826, 2017
Livro "Principais mosquitos de importância sanitária no Brasil", de Rotraut A.G.B. Consoli e Ricardo Lourenço de Oliveira
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Mosquito do gênero Aedes
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Ovo: São depositados pela fêmea, em locais úmidos, escuros e próximo a superfície da água. O desenvolvimento do embrião se completa em 48 horas em condições favoráveis. São capazes de resistir a longos períodos de dessecação, que podem prolongar-se por mais de um ano.
Larva: Período de alimentação e crescimento. Se alimentam do material orgânico e microrganismos acumulados nas parede e fundo dos depósitos. Possuem 4 estágios de desenvolvimento exclusivamente aquáticos. Dura de 7 a 14 dias.
Pupa: Metamorfose do estágio larval para o adulto. Nesta fase aquática, não há alimentação. Dura aproximadamente 48 horas. Ficam na superfície da água, flutuando, facilitando a emergência do inseto adulto.
Adulto: Representa a fase reprodutora do inseto. O acasalamento acontece durante o voo. Mosquito é preto com listras brancas e asas transparentes. Vivem de 23 a 73 dias. A fêmea se alimenta mais frequentemente de sangue e o macho de carboidratos extraídos de vegetais.
Para saber mais detalhes sobre o ciclo de vida acesse: https://www.ecologiaesaude.com/ciclo-de-vida-do-mosquito
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Mosquito Aedes aegypti - Vetor da doença, ele não é responsável por causar a dengue, apenas por transmití-la. Nem todo A. aegypti transmite dengue, apenas aqueles que estão infectados pelo vírus.
Vírus da dengue - Agente etiológico da doença, responsável por causar a dengue. Porém, ele necessita de um vetor (o Aedes) para se propagar.
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Aedes aegypti
A probabilidade de ocorrência é maior no Brasil, Índia, continente africano, e é menor na Europa, África do Norte, América do Norte.
Aedes albopictus
A probabilidade de ocorrência é maior no norte da China, Japão, sul do Brasil, sudoeste dos Estados Unidos, e é menor na Europa, norte e sul da África, Austrália.
Para saber mais acesse o texto completo:
https://www.ecologiaesaude.com/post/distribui%C3%A7%C3%A3o-do-mosquito-aedes-no-globo
AS DIFERENÇAS ENTRE OS MOSQUITOS MAIS URBANOS DO MUNDO
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Aedes aegypti
É menor, apresenta listras brancas, asas translúcidas e um ruído incapaz de ser ouvido. Desova em compartimentos de água parada e limpa. É mais ativo pela manhã. Costuma picar as regiões dos pés e pernas, principalmente.
Culex quinquefasciatus
É maior, possui coloração marrom e é bastante barulhento. É um mosquito noturno. Não tem preferência por regiões específicas do corpo.
Ovos de Aedes aegypti
Escurecem quando em contato com oxigênio, por isso são sempre mais escuros. A fêmea utiliza vários criadouros como depósito de ovos. Os ovos têm grande resistência, que permite a sua viabilidade por até um ano após a desova.
Ovos de Culex quinquefasciatus
Morrem assim que retirados da água. A fêmea bota seus ovos em um único criadouro. Os ovos não são capazes de resistir à ausência de água e temperaturas elevadas.
Larva
Culex quinquefaciatus e Aedes aegypti
O ciclo de vida de ambos os insetos leva o mesmo tempo de duração.
Saiba mais em:
https://www.ecologiaesaude.com/post/ciclo-de-vida-do-aedes-aegypti
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TRANSMISSÃO
Ocorre através da picada da fêmea do mosquito Aedes, contaminada com o vírus da dengue.
TIPOS DE DENGUE
É um vírus de RNA, envelopado, pertencente ao gênero Flavivirus, que possui 4 sorotipos distintos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
SINTOMAS
Sinal amarelo • Febre alta • Dor muscular • Dor nos olhos • Dor de cabeça • Manchas vermelhas • Falta de apetite • Náuseas
Sinal vermelho • Dores abdominais intensas • Vômitos • Acúmulo de líquidos • Sangramento da mucosa • Hemorragias
TRATAMENTO
Não há tratamento específico para a doença, sendo a boa hidratação uma parte fundamental desse processo. Beber muita água e repousar.
CURIOSIDADES
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O Aedes aegypti é mais ativo no início da manhã e final da tarde.
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Uma pessoa pode contrair dengue por até 4 vezes.
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O mosquito se oculta em lugares escuros, como embaixo de móveis, aguardando suas vítimas.
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O Aedes albopictus também pode transmitir dengue.
Para mais informações e referências acesse:
https://www.ecologiaesaude.com/post/voc%C3%AA-realmente-sabe-tudo-sobre-a-dengue
O QUE OS GENOMAS DO AEDES AEGYPTI E OS VÍRUS RELACIONADOS PODEM NOS DIZER DE INTERESSANTE?
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Webinar: Conhecendo os mosquitos Aedes, os transmissores da Dengue e de outras doenças.
Com o professor Dr. Cristian A. Rojas
O professor descreve conceitos de biologia molecular, apresentando estudos recentes sobre o genoma¹ das espécies do gênero Aedes.
Hoje sabemos que existem 300 genes² de receptores quimiossensoriais. Estes permitem que o inseto perceba as características ambientais presentes.
O mosquito apresenta ainda uma proteína³ (GST), que o ajuda a se desintoxicar de substâncias nocivas para ele, como por exemplo, repelentes e inseticidas.
Isso explica a dificuldade de combater o mosquito Aedes, já que ele apresenta resistência aos repelentes e inseticidas usados.
¹Conjunto de todos os genes de uma espécie de ser vivo.
² Composto por uma sequência específica de DNA. Responsável pelas características herdadas dos nossos familiares.
³Atuam na defesa do organismo e em várias outras importantes funções.
Para saber mais confira o webinar: